Considero.

“Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.”

Eclesiastes 1

Commodities Humanos

O que tem ocorrido nos últimos anos é instigante, uma linha tênue tem separado a regressão do progresso. Engraçado perceber que o que nos diferencia, de continuo nos torna pateticamente iguais. Indivíduos perdidos, presos a um esquema limitador de nascer, crescer, casar,reproduzir e aguardar , pacificamente ou desesperadamente, o fim. Estranho, uma tatuagem não traduz uma ideologia, um corte de cabelo não identifica um estilo de vida e um partido político a muito já não representa democracia, todos tornaram-se meros eventos. Assim como nós. Somos factuais, e de fases. Independente do estilo de vida que adotamos todos nós, sem exceções, só desejamos encontrar algo ou alguma idéia que traduza o que sentimos e deixamos de sentir, o que há dentro de nós , que cheios de tudo sentimo-nos vazios. Apesar de todo conhecimento somos imensamente ignorantes nas questões mais simples da vida e que fariam dela uma experiência maravilhosa. Iguais, nas esperanças, fracassos, tentativas, no vazio, na rotina (seja ela qual for visto que até um hippie tem rotina), na complexidade do que nos pertuba e na simplicidade do que nos faz bem. Commodities Humanos que precisam de Deus.